sábado, 16 de maio de 2009
Aula prática e teórica de yoga
Esta aula contou com cerca de 30 participantes, que ficaram a conhecer a parte teórica e prática da yoga.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
A depressão pode ser episódica, recorrente ou crónica, tornando o indivíduo incapaz de lidar com as situações básicas do dia-a-dia. Os sintomas de depressão podem passar completamente despercebidos, podendo durar alguns meses ou anos.
Como podemos observar, um cérebro de uma pessoa que sofre de depressão apresenta menos áreas activas do que o cérebro de uma pessoa normal.
-> Pessoas que já sofreram anteriormente depressão;
-> Um histórico familiar com depressão;
-> Nas mulheres, a depressão é mais frequente, especialmente na adolescência, no primeiro ano de pós-parto, menopausa e pós-menopausa;
-> Quando sofremos uma perda significativa;
-> Pessoas com doenças crónicas e as que coabitam com as mesmas;
-> Pessoas com tendência para a ansiedade e pânico;
-> Quando possuímos profissões geradoras de stress;
-> Consumismo de drogas e álcool em excesso;
-> Idosos;
-> Falta ou excesso de apetite;
-> Sonolência ou insónia (perturbações do sono);
-> Dificuldade em se concentrar;
-> Pouca auto-estima;
-> Sentimentos de culpa, de inutilidade, falta de confiança e de incapacidade;
-> Cansaço e perda de energia;
-> Alterações do desejo sexual;
-> Tristeza profunda;
-> Desinteresse;
-> Irritabilidade;
-> Preocupação com a sua existência (com o sentido da vida e com a morte);
-> Sintomas físicos (ex. Dor muscular, enjoo, dores de cabeça)
-> Maus resultados escolares;
-> Desleixa-se com a apresentação visual;
-> Abuso de medicamentos, álcool ou drogas;
-> Não se sente bem em lado nenhum;
-> Vontade de chorar ou chorar às escondidas;
Estas variam de pessoa para pessoa. Podem ser consequência de:
-> problemas familiares (divórcio, perda de um ente querido)
-> problemas financeiros (desemprego, dívidas);
-> incapacidade de lidar com determinadas situações;
Algumas doenças podem induzir ao aparecimento de episódios depressivos ou ao agravamento para depressão crónica. Como exemplos temos:
-> Doenças infecciosas;
-> Doença de Parkinson;
-> Doenças hormonais;
-> Doenças mentais;
-> Dependência de substancias como o álcool e a droga etc...
A depressão é geralmente tratada através de medicamentos, intervenções psicoterapêuticas ou ambas em conjunto, ou ainda através de tratamentos alternativos.
Intervenções psicoterapêuticas e medicamentos
Os medicamentos usados são designados por anti-depressivos ao contrário do que ocorre na psicoterapia estes podem ser usados sozinhos para o tratamento de casos graves ou ligeiros de depressão.
Os antidepressivos são medicamentos que actuam sobre o sistema nervoso central normalizando o estado de humor quando se encontra deprimido, estes não têm qualquer efeito quando o estado é normal, distinguindo assim estes medicamentos dos psicoestimulantes.
Em ambos os casos é necessário um aconselhamento médico, que lhe irá indicar o melhor tratamento a seguir e explicar-lhe a administração dos anti-depressivos.
Acção dos antidepressivos
Um antidepressivo pode actuar de duas formas:
* bloqueando a acção da bomba de recaptação
*bloqueando a acção das enzimas que degrada os neurotransmissores
~~> Deste modo os antidepressivos fazem com que haja um aumento da quantidade de neurotransmissores produzidos.
Para preceberes o que acima foi referido tens que ter em conta que:
- Quando uma pessoa não sofre desta patologia, as células nervosas, ou seja, os neurónios libertam neurotransmissores que são captados por outros neurónios, através dos seus receptores. Dentro do neurónio, a bomba de recaptação retira parte dos neurotransmsissores da sinapse e uma enzima específica metaboliza o resto das substâncias.
- No entanto numa pessoa com depressão este processo é um pouco diferente há uma diminuição do número de neurotransmissores libertados, enquanto que o restante processo decorre normalmente. Como o receptor capta menos neurónios, o sistema nervoso passa entao a trabalhar como menos eficiencia.
EMTr (estimulação magnética transcraniana repetitiva) e ECT (electrochoque) ou Electroconvulsoterapia
O eletrochoque e a EMTr, são utilizados no tratamento da depressão e de alucinações auditivas. Ambos partem do mesmo princípio: a estimulação de tecidos do sistema nervoso dentro do cérebro.
Apesar de partirem do mesmo fundamento, apresentam diferenças nos meios que são utilizados para a realização do tratamento. Na ECT é aplicado no paciente uma anestesia geral, posteriormente é aplicada sobre a cabeça do mesmo uma forte corrente eléctrica. Em contrapartida este tratamento acaba por ser muito agressivo, por vezes gerando perda de memória momentânea e convulsões em cada aplicação. Isto deve-se há grande intensidade da corrente, pois esta tem que ser muito alta para atravessar o crânio e chegar ao cérebro.
O número de aplicações na ECT é indicado pelo médico ao paciente consoante o tipo de depressão que apresenta, ou seja, se esta é muito ou pouco grave. Normalmente o tratamento é realizado três vezes por semana numa média de seis a doze aplicações para que o paciente comece a responder ao tratamento.
Os aparelhos usados na ECT são actualmente muito desenvolvidos permitindo aplicar ao paciente uma carga eléctrica adequada. A aplicação desta carga pode ser bilateral ou unilateral. Durante este processo é realizado um electroencefalograma para um controlo da crise.
Antes do início do tratamento com a ECT é necessário a realização de uma avaliação pré – ECT que consiste em :
-> Exames pré-laboratoriais ( hemograma, glicémia, nível sérvio de potássio);
-> Electrocardiograma e avaliação cardiológica;
-> Raio X ao tórax;
-> Avaliação ondotológica;
-> TAC;
São dois os principais efeitos colaterais deste tratamento, a perda de memória( que acaba por ser recuperada) e dores de cabeça, com o evoluir desta técnica os efeitos colaterais passaram a ser pouco frequentes.
Duração do Tratamento
A ECT pode ser realizada três vezes por semana, sendo aplicadas numa media 6 a 12 aplicações.
A frequência e o número das aplicações é decidido pqlo médico que indicou a ECT. Quando o paciente responde de forma positiva ao tratamento, passa a ser realizada a ECT de manutenção, na qual as aplicações decorrem espaçadamente (primeiro semanalmente, depois quinzenalmente e , por fim, mensalmente).
EMT – Estimulação magnética transcraniana
O que é a EMT?
A estimulação magnética transcraniana (EMT) é uma técnica que estimula o cérebro, com um método indolor e uma simples aplicação.
Existem dois tipos de EMT: a EMT repetitiva (EMTr), e a EMT de pulso.
A primeira a ser desenvolvida foi a EMT de pulso único, e em cada aplicação é induzida uma corrente eléctrica no córtex. Por outro lado na EMTr, são utilizados pulsos repetitivos, de várias frequências. A EMTr pode ser rápida ou lenta. Na EMTr rápida, ocorre um aumento da circulação sanguínea cerebral, enquanto que a EMTr lenta diminui o fluxo e o metabolismo cerebral.
Como é a técnica?
Para a realização da técnica são necessárias bobinas electromagnéticas que recebem uma corrente eléctrica, extremamente potente sobre o crânio humano. Existem dois tipos de bobinas de estimulação, sendo as mais utilizadas a circular e a em forma de oito. Como estas provocam um estimulo menos focal, estão sendo substituídas por bobinas duplas.
Quando é induzida uma corrente eléctrica no córtex motor (região do cérebro que controla os movimentos voluntários), é produzida uma resposta muscular, sendo um efeito visível de EMT. A intensidade do campo magnético necessária para produzir movimentos motores varia entre indivíduos.
Existem contra-indicações?
Existem contra-indicações relativas, como por exemplo:
• Pacientes que sofreram algum tipo de neurocirurgia;
• Pacientes que possuem algum aparelho biomédico;
Quais são os efeitos colaterais?
A dor de cabeça é um dos efeitos mais comuns, devido à contracção muscular, embora este efeito melhore com analgésicos.
Outro efeito pode surgir devido ao barulho produzido pelo estimulador, que poderá ser evitado através da utilização de protectores auriculares.
Podem ocorrer complicações?
Uma das maiores preocupações é o risco de ocorrer convulsões. Existem quatro grupos de pacientes em risco de sofrer convulsões durante o tratamento, estes são:
- Pacientes com encefalopatias;
- Indivíduos com epilepsia, não tratada;
- Indivíduos alcoólicos;
- Indivíduos com doenças cardíacas;
Yogaterapia para o corpo e mente
A yoga é uma técnica que teve origem na Índia há mais de 5 mil anos e que tornou-se popular a nível mundial. E a sua prática pode ser considerada uma técnica alternativa para ansiedade e para a depressão. A Yoga é muitas vezes encarada como uma forma de unir a mente ao corpo e são as posições desta prática, que agem directamente no sistema nervoso central, fazendo com que o praticante esteja calmo e relaxado.
A esperança que a pessoa tem de se curar e a capacidade que tem de direccionar todos os seus recursos internos para essa cura são essenciais para o bom andamento do processo terapêutico. Na yogaterapia, todo o trabalho é feito individualmente (ou em grupos muito pequenos) de forma a que as sessões sejam personalizadas e direccionadas para a resolução de um problema específico, utilizando técnicas mais aconselhadas para cada caso.
Um aspecto importante na yogaterapia, é que a pessoa perceba correctamente os exercícios realizados em cada sessão, bem como a sua utilidade, para que possa em casa, pô-los em prática.
Como pode a yoga ajudar no tratamento da depressão?
Na yoga as respirações (pranayamas), são fundamentais para recuperar a energia e controlar o humor, existem também outras técnicas que são fundamentais para o tratamento da depressão. Estas técnicas têm como objectivo trabalhar as posturas (Asanas) e estabelecer contacto com o corpo de modo a tonificar cada região trabalhada e fortalecer a estrutura psicofísica.
Qual é a duração do tratamento?
O tratamento tanto pode durar anos, como alguns meses. A duração do tratamento depende das crises depressivas e do distanciamento entre cada crise. Após iniciar um tratamento, os efeitos não são imediatos, havendo a necessidade de um acompanhamento terapêutico até que a pessoa depressiva alcance uma qualidade de vida desejada.
Quais são os exercícios mais indicados?
Existem inúmeras técnicas na yogaterapia, tais como:
- Posição de equilíbrio;
- Posição invertida;
- Respirações (pranayamas);
- Concentração;
Aspectos positivos
Testes clínicos comprovam que a yoga, aliada à medicina convencional, pode ter um papel importante no tratamento das seguintes doenças:
- Hipertensão
- Depressão
- Diabete
- Asma
- Artrite
- Distúrbios alimentares
Glossário :